Há um ano recebi a última carta de Isabela. Leia uma parte:

"Só que não pense você que simplesmente as coisas voltaram ao 'normal'. Talvez a rotina um dia siga, mas nunca como se nada tivesse acontecido, como se VOCÊ não tivesse acontecido. Eu sinto a sua falta, das nossas conversas, das nossas brincadeiras. Ainda posso ver o seu sorriso. (...) Claro que a minha escolha faz com que eu tenha que abdicar das poucas, porém todas, coisas que ainda fazíamos juntos, mas isso não faz com que elas não continuem vivas dentro de mim.
Por sua causa eu voltei a acreditar em sentimentos que eu achava que nem mais existissem, eu voltei a acreditar nas pessoas... Eu vi que, se ainda existem pessoas como você, o mundo não está tão sem saída como eu pensava, que ainda vale a pena se permitir sentir, sem ter que colocar um 'porquê' antes do sentimento. Que destino existe sim, que signos não são invenções, que uma pessoa pode ser tão perfeita para você ao ponto de dar medo e que não é preciso estar junto, ver ou falar com alguém para que esse esteja sempre presente.
Não sei o que o destino me reserva para amanhã, se a minha escolha foi a melhor, se a minha tentativa vai dar certo ou não... Assim como o que acontecerá com você, quais escolhas você também está fazendo, mas nunca esqueça que eu nunca esqueço de você, de verdade.

Em breve entro novamente em contato.
Se cuida e fica feliz, que é só isso que importa.


Saudade,

Isabela."

Ela foi incrível. Uma das pessoas mais lindas que eu conheci na minha vida. Ainda hoje sonho em um dia poder tentar. Não sei se há mais tempo. Soube há poucas horas que ela agora está casada. Não importa. Isabela sempre terá uma cadeira cativa em meu coração.
 
Daniel Leal.

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